O ano de 2025 não chegou nem na sua metade, e já tem gente pensando no que vai acontecer em 2026. Especialmente os concurseiros querem começar a se programar para os possíveis concursos que serão convocados no próximo ano.
E o fato é que já podemos ter uma indicação sobre o assunto. Isso porque o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 chegou ao Congresso Nacional nesta terça-feira (15). Este é o documento que indica todas as previsões de gastos do poder executivo para o próximo ano.
Segundo o texto, há espaço no orçamento para novos concursos públicos federais no ano que vem. Mas é importante destacar que 2026 será também um ano de eleições presidenciais, o que impõe restrições importantes à realização de concursos.
O que diz a proposta
O projeto de lei enviado pelo Governo Federal define metas fiscais, orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) e indica que será possível:
- Nomear aprovados de concursos anteriores;
- Criar cargos e gratificações sem aumento de despesas;
- Preencher cargos vagos existentes até março de 2024;
- Contratar temporários em substituição a servidores ausentes;
- Realizar reestruturações de carreira, desde que sem impacto financeiro.
isso significa que o texto abre caminho para seleções e nomeações, desde que os limites orçamentários e a Lei de Responsabilidade Fiscal sejam respeitados.
Os gastos com pessoal deverão estar detalhados de maneira separada por órgão, incluindo concursos públicos, reajustes e outras despesas com recursos humanos.
O projeto agora será analisado pela Comissão Mista de Orçamento e deve ser votado em sessão conjunta do Congresso até o dia 17 de julho. A relatoria ficou com o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
Sobre o salário mínimo
Este mesmo texto enviado pelo Governo ao Congresso indica que o PLDO prevê um salário mínimo de R$1.630 para 2026 e uma meta de superávit primário de R$ 34,3 bilhões.
A definição do número exato de vagas e cargos, no entanto, só será feita na LOA, que deve ser enviada em agosto.
O CNU de 2026
Se você esperava fazer o CNU em 2026, é melhor ajustar o calendário. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, já adiantou que não haverá edição do concurso unificado no próximo ano
“Por ser ano de eleição, é muito mais difícil realizar o concurso. Temos que homologar todos os resultados antes do início do período eleitoral”, explicou a ministra.
A legislação eleitoral impõe restrições a concursos durante o período de campanhas para evitar interferência política. Por isso, a prioridade do governo é realizar uma edição robusta do CNU em 2025, com provas ainda no segundo semestre e homologação dos resultados até junho de 2026.
Apesar da pausa temporária, Dweck garantiu que o formato unificado continua nos planos do governo:
“O CNU é uma política que veio para ficar, mas temos que respeitar as regras do processo democrático.”
Para este ano de 2025, já se sabe que a edição está confirmada. O número de vagas, aliás, pode alcançar os 3,5 mil. Mas este número ainda está em análise dentro do Ministério da Gestão.
A escolha da banca organizadora será iniciada em abril. A Fundação Cesgranrio, que organizou a primeira edição, segue na disputa, mas terá concorrência.
Se tudo ocorrer como planejado, as provas devem ser aplicadas entre setembro e outubro.
A expectativa é de que a divisão por blocos temáticos seja mantida, mas desta vez haverá apenas um edital unificado, diferente da primeira edição, que teve oito.
Segundo o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso Júnior, a ideia é aproveitar os aprendizados da primeira edição para tornar o processo ainda mais eficiente.
É importante destacar que alguns órgãos e fundações já sinalizaram que estarão no CNU 2025. Confira a lista dos que confirmaram vagas até o momento:
- Fundação Biblioteca Nacional: 14 vagas
- Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj): 20 vagas
- Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional: 10 vagas
Instituto Brasileiro de Museus (Ibram): 28 vagas - Ministério da Fazenda: 30 vagas
- Fundação Cultural Palmares: 10 vagas