O Bolsa Família paga muito? Você certamente já ouviu essa discussão em algum lugar seja nas redes sociais, em família, ou até mesmo em diálogos com amigos e colegas de trabalho.
Não existe uma resposta única para essa pergunta. Afinal de contas, saber se um valor é alto ou não vai depender do que você considera muito dinheiro. O fato, no entanto, é que os pagamentos desse benefício social variam a depender de uma série de questões.
Oficialmente, o Bolsa Família parte de uma base de R$ 600 por grupo familiar. Mas esse patamar pode ser elevado a depender da quantidade de benefícios internos. Eles também podem ser até mesmo reduzidos em algumas situações específicas.
Mesmo por isso, a média de pagamento varia a depender do mês. Tomando como base as informações disponibilizadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social, pasta responsável pelos pagamentos do Bolsa Família, a média geral de rees no último mês de março, por exemplo, girou em torno dos R$ 680.
Os valores do Bolsa Família em 2025
Assim como aconteceu nos dois anos anteriores, o governo federal segue pagando em 2025 uma série de adicionais. Estamos falando de benefícios internos que são liberados para alguns grupos familiares específicos.
Abaixo, você pode conferir a lista completa de adicionais que estão sendo liberados dentro do sistema do Bolsa Família nesse momento:
- Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por pessoa da família;
- Benefício Complementar (BCO): valor adicional para garantir um total mínimo de R$ 600 por família;
- Benefício Primeira Infância (BPI): acréscimo de R$ 150 por criança de 0 a 7 anos;
- Benefício Variável Familiar (BVF): acréscimo de R$ 50 para gestantes e crianças de 7 a 18 anos;
- Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): acréscimo de R$ 50 por membro da família com até sete meses de idade (nutriz);
- Benefício Extraordinário de Transição (BET): pago em casos específicos para garantir valores anteriores ao programa Auxílio Brasil até maio de 2025.
É importante destacar que não existe qualquer necessidade de solicitar esses benefícios extras. O governo federal realiza os pagamentos dos adicionais de maneira automática na mesma conta em que você está acostumado a receber os valores regulares.
Mas valores também podem cair
Como visto na lista acima, os adicionais podem fazer o valor do Bolsa Família subir para alguns grupos familiares. Mas existem casos em que o governo pode pagar menos do que R$ 600.
Isso acontece quando o usuário entra na chamada Regra de Proteção. Trata-se de uma norma que permite que o benefício do Bolsa Família seja cortado em 50% caso a renda per capita da família seja elevada para um determinado patamar.
Entenda:
- quando a renda é elevada para um valor menor do que R$ 218
Quando a renda per capita da sua família sobe, mas fica abaixo dos R$ 218, nada ocorre. Neste caso, não há nenhum impedimento para que o cidadão siga recebendo o Bolsa Família normalmente. O valor não é reduzido, e a família segue dentro do sistema de recebimento.
- quando a renda é elevada para algo entre R$ 219 e R$ 759
Quando a renda per capita de uma família é elevada para algo entre R$ 219 e R$ 759, o cenário muda um pouco. Neste caso, o cidadão entra na Regra de Proteção. Ele vai seguir recebendo o valor do Bolsa Família de forma reduzida por mais dois anos. Caso a renda volte a cair, ele volta a receber o patamar natural.
- quando a renda é elevada para mais de R$ 759
Quando a renda per capita da família sobe para algo além de meio salário mínimo, o cidadão é automaticamente retirado do programa social. Neste caso, o Governo Federal a a considerar que o cidadão não precisa mais receber o dinheiro do Bolsa Família, e precisa ceder a vaga para um outro usuário que esteja ando por mais necessidades.
